Categoria: Seguro Automóvel

  • Consumidores se arrependem, denunciam empresa de proteção veicular e relatam como foram lesados

    Consumidores se arrependem, denunciam empresa de proteção veicular e relatam como foram lesados

    Consumidores se arrependem, denunciam empresa de proteção veicular e relatam como foram lesados

    04/02/2019 / FONTE: CQCS | Sueli Santos com informações da CBN RJ

    A rádio CBN do Rio de Janeiro trouxe uma extensa reportagem denunciando a atuação de uma associação de proteção veicular que já lesou consumidores no Rio de Janeiro. A apresentadora Bianca Santos e a  repórter Rafaela Cascardo explicam que a empresa Protege Rio que atua em Campo Grande, no Rio Janeiro, tem muitas reclamações.

    A emissora apresenta depoimento de alguns consumidores que contam a história de como foram lesados pela empresa. entre eles, o ouvinte que levou a denúncia à emissora conta que  ao ter o carro roubado em 2017, quando entrou  em contato com a empresa, ouviu da atendente que não deveria ter esperança em ser ressarcido.

    Segundo a reportagem, a Protege Rio é a Brasil Protege que mudou de nome depois de muitas reclamações. “As empresas têm CNPJ diferentes, mas  mesmo dono”. A reportagem também destaca que a empresa não tem autorização da Susep para funcionar. A autarquia inclusive já se manifestou dizendo que a empresa funciona de maneira irregular.

    Nos relatos apresentados pelos ouvintes há pessoas que tiveram carro roubado e não foram ressarcidas. “Não pagaram nenhuma das parcelas prometidas”, disse um deles. No depoimento apresentado pelo garçon Roberto Wagner que teve o carro roubado no início de 2018, ele contou que depois de muito ligar, insistir, ouviu da atendente que não receberia o valor integral. “Eles sugeriram que eu comprasse um carro e eles pagariam a prestação”. O ouvinte disse que recebeu apenas R$ 2 mil depositados em conta.

    O Ministério Público do Rio de Janeiro ajuizou uma ação pedindo a condenação da empresa. O MP quer reparação aos consumidores, devolução do dinheiro, pagamento das indenizações devidas e que devolva o dinheiro pago se não conseguir autorização da Susep para funcionar. 

    São alvos de investigação do Ministério Público: Unibras, Clube de Benefícios do RJ e Mega Associação Clube de Benefícios. Ronaldo Vilela, diretor-executivo do Sindicato das Seguradoras do ES/RJ falou sobre o assunto. “A matéria retrata o quadro em que essas associações e cooperativas atuam. Pela declaração dos consumidores dá pra ver que não há contrato. As pessoas são associadas e isso tira delas direitos frente ao Código de Defesa do Consumidor”, explicou.

    Ele reforçou que essas associações não têm autorização do governo para funcionar. “As pessoas precisam tomar cuidado porque quem adere a esses planos precisa se informar sobre os direitos que têm e as associações não dão direito algum”, reforça.

    Henrique Lian, representante da Proteste, disse que o modelo de negócio das associações está se disseminando. “O consumidor deve fazer uma boa pesquisa para saber se está contratando um seguro ou uma proteção. No caso das associações, as coberturas são limitadas. É um modelo insustentável devido a fragilidade”, alertou. Ele destacou que as pessoas lesadas devem procurar angariar provas para entrar na justiça na tentativa de ressarcir o prejuízo.

  • A importância do Corretor de Seguros

    A importância do Corretor de Seguros

    Casal reconhece a importância do Corretor após Cooperativa de Proteção Veicular não prestar serviço na hora do sinistro

    05/10/2018 / FONTE: CQCS | Ivan Netto

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    O telejornal Bom Dia Tocantins apresentou, na última terça-feira (2), uma matéria sobre um casal que foi prejudicado ao contratar o serviço de uma cooperativa de proteção veicular. Segundo a reportagem, Ana Lúcia Martinez e seu marido sofreram um acidente automobilístico, em Palmas, cerca de três anos atrás.

    “O problema começou ali mesmo, no local do acidente, na hora de pedir o guincho. Acabaram sendo dois guinchos, um que nós tivemos que pagar porque a seguradora (sic) não queria mandar, já que passava das 18h”, relatou Ana Lúcia.

    À repórter, ela contou que, após um impasse, a cooperativa enviou o guincho e rebocou o carro do casal. O combinado era levar o veículo para uma oficina na cidade e, no dia seguinte, encaminhá-lo para Goiânia. “Mas não foi o que aconteceu. Eles enviaram (o carro) para Gurupi e nos informaram que estava em Goiânia. E o carro ali foi ficando, um mês, dois meses, três meses. E nós sem notícia, se ia dar perda total ou não”, disse

    Arrependida pela contratação do serviço, a assistente jurídica diz que aprendeu a lição. “Meu marido trabalhava em um escritório e essa empresa foi até lá e prometeu tudo que uma seguradora tradicional oferece. Hoje eu instruo quem me procura a pegar referência, a procurar um corretor, que é um profissional muito importante nessas horas. O arrependimento é muito grande, às vezes a gente procura o que é mais barato e isso acaba saindo muito mais caro”, concluiu.

    Confira no link https://globoplay.globo.com/v/7058286/ a reportagem completa.

  • Proteção veicular cresce vendendo ilusões

    Proteção veicular cresce vendendo ilusões

    Proteção veicular cresce vendendo ilusões

    22/03/2018 / FONTE: Revista APTS Noticias via Segs

    protecao veicular
    Associações e cooperativas confundem milhões de consumidores com a venda de produto que parece seguro, mas não é.Em tempos de recessão e de dinheiro curto, a oferta de seguro de automóvel mais barato é tentadora, ainda mais se vier junto com a promessa de menos burocracia e mais agilidade na indenização. Com esses argumentos, associações e cooperativas, entidades que se apresentam como sem finalidade lucrativa, proliferam no país vendendo proteção veicular, um produto que parece seguro, mas não é. Estima-se que, atualmente, mais de 5 milhões de consumidores tenham adquirido a proteção veicular de alguma das mais de 1,7 mil entidades, acreditando tratar-se de um seguro. “Nada mais enganoso. Proteção veicular é tudo menos seguro. Precisamos dar um basta a esse engodo”, diz o presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), João Francisco Borges da Costa.Para a advogada e consultora da Confederação das Seguradoras (CNseg) Ana Paula de Barcellos, a proteção veicular pode ser caracterizada como uma espécie de fraude ou abuso aos direitos do consumidor. “Essas entidades se organizam como associações para tentar fugir da regulamentação que incide sobre o mercado de seguros, mas na verdade não atendem aos requisitos legais das associações”. De acordo com a legislação, as associações não podem desenvolver atividades lucrativas, ofertando bens e serviços de caráter empresarial. “Essas entidades formam um mercado marginal que cresce à sombra do Estado. Sem qualquer supervisão das autoridades, atentam contra a economia popular e deixam o cidadão ao desamparo”, diz o presidente da FenSeg.

    A questão é que o comprador de proteção veicular não pode contar com amparo do Código de Defesa do Consumidor (CDC) caso enfrente problemas para receber a indenização. Isso porque ele não é consumidor, mas associado ou cooperado. “Não há relação de consumo na proteção veicular”, observa Borges da Costa. “O associado assina um contrato de responsabilidade mútua e divide o risco com os demais membros. Em caso de prejuízo, todos são obrigados a dividir as perdas. É um sistema que não oferece segurança alguma ao associado. O pagamento de indenização depende do caixa da entidade”.

    A desinformação do consumidor é um elemento a favor dessas entidades. “Poucos sabem que ao ingressar em uma associação ou cooperativa estão se associando e não contratando”, alerta a advogada especialista em direito do consumidor Angélica Carlini. Dai porque ela defende a proteção do CDC também para esse tipo de relação, considerando que a venda de proteção veicular é feita sem clareza, objetividade e informações essenciais para a decisão do comprador. “Desde o início da relação, o comprador é propositadamente levado ao erro e a acreditar que teria direitos a exercer quando, na verdade, não tem, porque é associado ou cooperado. Esse indivíduo não está suficiente informado dos riscos que corre”.

    Auto popular

    Nos últimos dois anos o número de associações e cooperativas mais que dobrou. A Agência de Auto Regulamentação das Associações de Proteção Veicular (AAAPV) calcula a existência de 1,7 mil entidades em atividade. Em parte, esse avanço é resultado da crise financeira e de suas consequências, como o desemprego e a escalada da violência, que impactam no preço do seguro de automóvel. “O acirramento da crise econômica abriu caminho para os vendedores de ilusões, que, de forma enganosa oferecem a proteção veicular como se fosse um seguro mais barato”, diz Borges da Costa. A ilusão acaba, segundo ele, quando os associados não recebem a indenização em caso de acidente, furto ou roubo de seu veículo. “Perdem o patrimônio e as economias de uma vida. Aí é tarde demais”.

    O cerne do problema está, em princípio, na suposta “lacuna” de proteção aos veículos com mais idade e aos condutores com perfil mais jovem, que encontram restrições nas seguradoras. E esse é justamente o público que está na mira das associações e cooperativas. “Esse mercado ninguém explora. Os carros com mais de dez anos de uso, de periferias, as motos e os clientes com menos de 25 anos têm um perfil mais caro nas seguradoras”, disse Cleiton Campos, vice-presidente da AAAPV, durante audiência pública na Câmara dos Deputados que debateu a proteção veicular, em outubro do ano passado

    Com presença maciça na internet, essas entidades adotam discurso semelhante prometendo “proteger o veiculo por valores menores, com mais agilidade e menos burocracia”. Algumas, ainda tomam o cuidado de informar que seu produto não é um seguro.

    Para o presidente do sindicato paulista dos corretores de seguros, Sincor-SP, Alexandre Camillo, não é possível comparar proteção veicular com seguro e tampouco aceitar o argumento de que estão preenchendo uma lacuna deixada pelas seguradoras. “Produtos marginais não preenchem lacuna alguma, apenas enganam e lesam o consumidor”, diz.

    “Talvez, o mercado tenha sua parcela de culpa”, admite o presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Armando Vergílio dos Santos.

    Ele aponta o atraso na regulamentação do seguro auto popular – produto que o mercado acredita possa barrar o avanço da proteção veicular – como um dos motivos. “A nossa resposta não foi tão rápida e incisiva”, diz. Segundo ele, a primeira versão das normas não agradou as seguradoras, porque o produto dependia de alguns fatores, como a utilização de peças recondicionadas, já que o uso de peças originais encarece o seguro.

    Em dezembro passado, a Susep, o órgão regulador e fiscalizador do setor, divulgou a Resolução CNSP 354, permitindo às seguradoras oferecer como opção a rede referenciada para a reparação de veículos sinistrados; fixar uma idade mínima de veículo e a possibilidade de utilização de peças novas. Com esses ajustes, Armando Vergílio acredita que o auto popular finalmente avançará. “Tenho certeza de que o consumidor não pensará duas vezes ao ter de optar entre um produto legal, comercializado a preços competitivos por seguradoras sólidas, que fazem provisões para garantir o cumprimento de suas obrigações e são fiscalizadas pelo governo, e a tal proteção pirata, vendida por associações que podem desaparecer da noite para o dia e que não oferecem qualquer garantia”.

    Para o presidente do Sincor-SP, somente o auto popular poderá preencher o espaço de atendimento a esse novo consumidor. “Ele terá o mesmo atendimento e as mesmas garantias, porém, com o reparo de danos feito com peças recuperadas, possibilitando uma relação de custo-benefício mais adequada para veículos mais antigos”, diz.

    O combate

    Nos últimos anos, o seguro de automóvel vem perdendo mercado. Em 2014, cresceu 9%; em 2015, 3%; e em 2016, apenas 2%. Não há dados que confirmem, mas, coincidência ou não, a proteção veicular cresceu nesse período. No ano passado, com o reaquecimento da venda de veículos, o faturamento do ramo aumentou 5,3%, atingindo R$ 2,572 bilhões em prêmios. A FenSeg nega que a proteção veicular esteja avançando no mercado de seguro auto.

    Já a Fenacor até admite que os corretores enfrentaram perdas, mas Armando Vergílio acredita que essa situação não perdure. “Em geral, os consumidores de proteção veicular sofrem com o mau atendimento, com a demora exagerada para receber indenização – nas vezes em que são pagas – e com informações inexatas. Então, cedo ou tarde, vão acabar retornando para os corretores de seguros e para o mercado legal”.

    Mas, o mercado de seguros não está parado, esperando que os consumidores se conscientizem dos riscos da proteção veicular. O combate ao seguro marginal vem sendo realizado em diversas frentes de batalhas. Para esclarecer os consumidores sobre as diferenças entre a proteção veicular e o seguro, a FenSeg lançou, recentemente, uma cartilha, e o Sincor-SP produziu vídeos. A Susep criou, em outubro do ano passado, um grupo de trabalho para discutir a questão, com a participação de órgãos do setor e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Com prazo de 90 dias para apresentar os resultados, o grupo se preparava para apresentar suas conclusões até o fechamento desta reportagem, em meados de fevereiro.

    A Susep também tem combatido a proteção veicular pelos meios legais. No âmbito da Procuradoria Federal junto à Susep, há cerca de 180 ações civis públicas, nas quais a autarquia é a autora principal, mas há também outras ações movidas pelo Ministério Público Federal (MPF). No campo da diretoria de Supervisão de Conduta da Susep, atualmente, há pelo menos 200 processos administrativos referentes à proteção veicular em apuração de indícios de irregularidades. Além disso, a diretoria está analisando outros 20 processos referentes a seguros de vida e acidentes pessoais. Esses processos, de acordo com a FenSeg, foram gerados a partir de reclamações contra as entidades de proteção veicular, que incluem desde crime contra a economia popular e o sistema financeiro até evasão fiscal e falsidade ideológica.

    Mas, a grande expectativa do mercado é a aprovação do Projeto de Lei 3139/15, de autoria do deputado Lucas Vergílio, que propõe multa às entidades e criminalização dos responsáveis que comercializam a proteção veicular. Para a FenSeg, a aprovação do projeto impedirá o avanço indiscriminado de serviços não regulados pela Susep, evitando perdas irreparáveis para a sociedade. “Sem regulação, até mesmo o crime organizado terá espaço para se infiltrar em associações ou cooperativas que negociam ilegalmente o produto, caso nada seja feito para coibi-las”, diz Borges da Costa. A Fenacor também está mobilizando a categoria pela aprovação da proposta, marcando presença nas audiências públicas. “Não descansaremos enquanto essa ameaça persistir”, garante Armando Vergílio.

    De acordo com o deputado Lucas Vergílio, a matéria está em discussão na Comissão Especial que reúne parlamentares de várias correntes de pensamento. Até o momento, três audiências públicas foram realizadas. “Creio que já avançamos bastante no debate e poderemos chegar, tenho certeza, a um resultado consensual, que seja, acima de tudo, favorável aos interesses da sociedade brasileira”.

    A regulamentação

    Entretanto, as associações e cooperativas também estão se mobilizando para regulamentar a venda proteção veicular, como um produto alternativo ao seguro, mas fora do alcance de fiscalização da Susep. Para tanto, três ou mais projetos tramitam no Congresso Nacional com essa finalidade, contando, inclusive, com o apoio e a simpatia de alguns parlamentares. Mas, Lucas Vergílio garante que a proposta que está em fase mais adiantada de análise é o PL 3139/15. “Entendo que a nossa proposição, por sua abrangência e respaldo legal, conquistará um amplo apoio no Congresso”.

    Para continuar operando, as associações e cooperativas têm a opção de se transformarem em seguradoras. “Mas, terão de seguir as regras e os trâmites da regulação, com normas claras e supervisão permanente”, diz o presidente da FenSeg. Além de reservas técnicas, essas entidades precisariam possuir capital mínimo, estrutura de gestão de riscos, controles internos, mecanismos de governança corporativa, sistema de auditoria e envio periódico de dados à Susep. Borges da Costa observa que essas entidades não estão enquadradas em regras de solvência, não recolhem qualquer tipo de imposto e como são autorreguladas escapam do alcance do CDC. “Esse mercado marginal não pode continuar operando”, afirma.

    A regulamentação poderá tirar das associações e cooperativas a grande vantagem da proteção veicular, que é o preço mais baixo que o seguro. “A grande diferença de preço vem exatamente do fato de não serem regulamentadas e de não cumprirem as regras estabelecidas pela Susep”, diz a advogada Angélica Carlini. Com a regulamentação, segundo ela, essa suposta vantagem de precificação acabará. “Se a regulação vier de forma correta, as entidades de proteção veicular terão que deixar de atuar, porque não terão mais tantas facilidades como possuem hoje. Afinal, não existe almoço grátis”.

  • Seguro Pirata – Rede Globo alerta sociedade sobre os riscos do seguro pirata

    Seguro Pirata – Rede Globo alerta sociedade sobre os riscos do seguro pirata

    Rede Globo alerta sociedade sobre os riscos do seguro pirata

    Ao contratar a chamada proteção veicular, o consumidor não tem qualquer garantia de que vai receber a indenização. O alerta foi feito pelo superintendente da Susep, Joaquim Mendanha, em reportagem veiculada pela TV Globo nesta segunda-feira (22 de maio), no programa “Mais Você”, da apresentadora Ana Maria Braga.

    Na matéria, o superintendente da Susep apontou os muitos riscos aos quais estão expostos os consumidores que contratam a proteção veicular e orientou o consumidor sobre como proceder no momento de contratar uma garantia para o seu veículo.

    Ele frisou que grande parte dos consumidores que compram proteção veicular tem a sensação de que estão contratando uma apólice de seguro. “Eles são induzidos a isso, mas não é o que acontece”, advertiu.

    Joaquim Mendanha salientou ainda que, no caso do produto comercializado por associações e cooperativas, os critérios para o pagamento das indenizações ou o conserto do veículo danificado em acidentes no trânsito são feitos por essas entidades. “Tudo é feito no momento que elas querem e o consumidor não tem garantia de que terá o carro consertado ou receberá a indenização”, acentuou.

    Por fim, o superintendente da Susep destacou a importância de se contratar o seguro com a intermediação de um corretor profissional que tem como provar que é autorizado pela Susep para fazer a comercialização técnica do produto. “Ao receber a apólice, o segurado também pode verificar o número da Susep com autorização de venda do produto. Ele também pode verificar na Susep se a seguradora está ativa. Isso traz uma segurança muito grande” acrescentou.

    Ana Maria Braga também fez questão de orientar os telespectadores. “Quando é seguro de verdade, tem um órgão, a Susep, que regulamenta a função”, destacou a apresentadora, que ainda ressaltou a importância da participação de Joaquim Mendanha no programa para dar “dicas e você não cair em armadilha”.

    Matéria do CQS de 23/05

  • Youse Seguros – A armadilha do seguro barato que custa mais caro

    Youse Seguros – A armadilha do seguro barato que custa mais caro

    24/04/2017 / Fonte: Gustavo Doria Filho

    * O estudo comparativo utilizou portal www.bidu.com.br para obter as cotações das demais seguradoras que não a Caixa Seguros.

    Youse SegurosO site Youse se apresenta como a versão mais acessível e barata de consumir produtos de seguros no Brasil e afirma que os seus custos são inferiores dos da concorrência em virtude da inexistência do Corretor de Seguros no processo, aliado a possibilidade de escolha das coberturas de interesse por parte dos clientes.

    Uma pesquisa mais apurada mostrou que os três argumentos são falsos; já que os seguros vendidos pela Youse, quando adequadamente comparados, são mais caros que a concorrência; que a Youse é uma estrutura intermediária com despesas altas de operações e que o cliente, em grande parte do País não pode adquirir as coberturas desejadas, sendo induzido, em alguns casos, a adquirir produtos sem a proteção pretendida, deixando-os expostos aos riscos mais frequentes, que acontecem na maioria dos casos de utilização do seguro, como os danos materiais parciais causados aos automóveis dos segurados e daqueles, que porventura, venham a ser vítimas de alguma colisão causada pelo motorista que contratou o seguro através da plataforma.

    O preço da Youse é mais caro

    Visando checar a veracidade da informação de que o seguros da Youse é mais barato foi realizada uma pesquisa utilizando-se dois dos modelos mais vendidos no Brasil.

    A cotação foi simulada nas praça de São Paulo e Brasilia, que são as únicas onde a Youse oferece a possibilidade de se contratar coberturas para os danos materiais parciais para o veiculo do cliente e de quem, por ventura, for vitima de acidente causado pelo contratante.

    Foi utilizado o exemplo do automóvel Chevrolet Onix Hatch LT 1.0, ano 2017, com cobertura de 100% da tabela Fipe para perda total, R$-100.000,00 para Danos Materiais, R$-200.000,00 para Danos Corporais. Além disto, acrescentou-se assistência a automóvel de 200km; carro reserva no período de 7 dias, vidros (faróis, lanternas e retrovisores).

    Para cada veículo analisado, o estudo considerou como perfil um condutor homem, de 35 anos e divorciado.

    Em São Paulo

    Franquia, participação do segurado em caso de acidente, no valor de R$-2.386,00.

    Youse – R$ 5.960,88 ao ano;

    HDI – R$ 3.948,63 e

    Tokio Marine – R$ 3.986,92

    Em Brasilia:

    Franquia, participação do segurado em caso de acidente com perdas parciais, no valor de R$-2.634,00.

    Youse – R$ 3.367,20 ao ano;

    HDI – R$ 2.456,73 e

    Tokio Marine – R$ 3.272,43

    Para o automóvel HD20 Confort 1.0 , ano 2017, com os mesmos critérios do exemplo anterior, o custo ficou:

    Em São Paulo

    Franquia, participação do segurado em caso de acidente com perdas parciais, no valor de R$ 3.300,00.

    Youse – R$ 5.630,28 ao ano;

    Allianz – R$ 4.173,82 ao ano;

    Tokio Marine – R$ 4.887,85

    Em Brasilia:

    Franquia, participação do segurado em caso de acidente, no valor de R$-3.362,00.

    Youse – R$ 3.508,32 ao ano;

    HDI – R$ 3.356,14 e

    Tokio Marine – R$ 3.620,46

    Portanto afirmar que o produto distribuído pela Youse é mais barato não corresponde a realidade. O que se percebe na Youse é que as alternativas são pré-estabelecidas, limitando significativamente as opções de contratação para dar a impressão de um custo inicial mais barato, visando atrair a atenção do consumidor, mas o impossibilitando de escolher as coberturas ideais. Quando incluídas as coberturas ideais o custo do seguro da Youse ficou mais alto que alguns concorrentes.

    Uma vantagem que o produto tem e que as demais Cias não oferecem é o pagamento parcelado em 12 vezes.

    Sem Corretor de Seguros é mais barato?

    Com um marketing agressivo a seguradora diz , através de seus atendentes, (Clique e ouça a gravação do atendimento Youse) oferecer preços muito mais baixos porque dispensa a figura do Corretor.

    Mas o Corretor de Seguros é um intermediário da mesma forma que a Youse, que distribui produtos da Caixa Seguros com elevadíssimos custos com tecnologia, marketing e atendimento pessoal, já que a maioria dos negócios tem sido fechados através do telefone.

    Os custos apresentados na comparação acima comprovam que o fato de excluir o Corretor de Seguros não reduz o custo do seguro Youse, que na verdade é mais caro do que alguns concorrentes mais tradicionais.

    A Youse induz o consumidor a não comprar os tipos de seguro mais utilizados

    A Youse não oferece cobertura para danos mais comuns e de maior incidência em quase todo o Brasil.

    Apenas as cidades de São Paulo e Brasília oferecem a possibilidade do cliente contratar proteção para perdas parciais no próprio veÍculo e/ou no daqueles que venham a ter seus automóveis danificados por colidir com um segurado Youse, as mais utilizadas e de maior incidência no Brasil.

    Em uma simulação de um cliente da cidade de Salvador, Bahia, que demonstra interesse em adquirir o seguro com a cobertura de Perda Parcial para o seu veículo aliada a de Danos Materiais a Terceiros, para o caso de colidir com outro automóvel, a atendente da Youse entra em contato telefônico com o possível cliente, explica que a Youse ainda não pode oferecer este tipo de proteção na cidade onde ele reside e tenta convencê-lo a contratar o seguro sem a garantia e aguardar o dia em que for possível adicionar estas proteções. (Clique e ouça a gravação do atendimento Youse)

    Ou seja, mesmo interessado em contratar uma proteção mais completa, o consumidor é induzido a ficar sub segurado, exposto a riscos frequentes, em função de uma estratégia agressiva de captação de novos negócios que, aliada a uma campanha publicitária incrível, o plano de comunicação é muito bem modelado, pode causar sérias perdas ao consumidor desassistido, tão frequente no ambiente online.

    A Youse também não oferece a possibilidade de se proteger de Danos Morais.

    A disruptividade sucumbiu a necessidade de fechar negócios

    A Youse chegou ao mercado se posicionando como a Seguradora Online onde os consumidores contratariam seguros totalmente via internet, depois se reposicionou como Plataforma Online da Caixa Seguradora, um intermediário entre a Caixa Seguros e o consumidor, e agora investe na humanização dos seus serviços abrindo mão do modelo 100% online e atendendo a boa parte de seus clientes via telefone.

    O que fica parecendo é que o modelo do futuro que deveria oferecer melhores produtos, por melhores preços e estabelecer uma relação 100% online abriu mão da atitude disruptiva e caminha para uma operação bem próxima das corretoras de seguros online existentes.

    Cabe ao consumidor tomar os cuidados necessários ao contratar o seu seguro ,analisando as possibilidades existentes e comparando as ofertas deste novo canal, lembrando que nem tudo é como aprece nos anúncios na hora que ele se envolve em um acidente no mundo real.

    * O estudo comparativo utilizou portal www.bidu.com.br para obter as cotações das demais seguradoras que não a Caixa Seguros.

  • Quem paga a fraude do seguro auto é toda a sociedade

    Quem paga a fraude do seguro auto é toda a sociedade

    Quem paga a fraude do seguro auto é toda a sociedade

    15/03/2017 / Fonte: CQCS | Juliana Leite

    No Seguro de Automóveis são inúmeras as formas de fraudes utilizadas, desde as omissões ou informações incorretas no momento da contratação do seguro até o agravamento no sinistro e simulações de roubos.

    Segundo Carlos Valle, diretor da Federação Nacional dos Corretores de Seguros, as fraudes mais comuns no seguro auto estão presentes na hora da contratação e no momento da liquidação do sinistro. “A falta de clareza nas informações no momento da contração é o que vai nortear o custo do seguro. As pessoas omitem e muitas vezes modificam as informações, objetivando pagar menos”.

    Para Carlos, ao cometer uma fraude, a população é a maior prejudicada. “O preço do seguro é calculado exatamente por conta da sua sinistralidade. Então, quanto maior a sinistralidade, maior o preço do seguro. Ou seja, a fraude que foi cometida por um indivíduo, no final das contas, quem paga somos nós”.

    Outro exemplo de fraude no seguro auto está nos sinistros. Muitas pessoas se aproveitam do momento para agravar o sinistro, incluindo avarias decorrentes de outros acontecimentos. Quando a fraude é descoberta, o segurado perde o direito a cobertura do sinistro e perde o direito a apólice. E se um terceiro tenta fraudar com a conivência do segurado, o titular é considerado um fraudador.

    Para evitar problemas como os mencionados acima, Valle reforça a importância do Corretor se fazer presente em todo o processo de contratação. “O Corretor pode aplicar um questionário para conhecer os hábitos dos clientes, e no momento do sinistro, entender como o fato ocorreu. Mas é importante que o profissional tenha conhecimento para poder conduzir o cliente de forma correta”.

  • Os 50 carros mais roubados do Brasil em 2015

    Os 50 carros mais roubados do Brasil em 2015

    Os mais visados

    São Paulo – Dentre os 50 carros mais vendidos do Brasil, o Fiat Palio Weekend foi o mais visado por ladrões no primeiro semestre de 2015, de acordo com o Índice de Veículos Roubados (IV-R), divulgado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

    Neste período, foram roubados ou furtados 922 veículos do tipo Fiat Palio Weekend, de um total de 56.227,34 carros desse modelo que têm seguro no país, o equivalente a um índice de 1,64%.

    O número total de veículos segurados não é absoluto porque a contagem é feita proporcionalmente em função dos contratos de seguro e suas datas de vencimento, que são mensais. Se o contrato de um seguro vence em um mês durante o período analisado, ele não poderá ser computado de forma integral no ranking.

    O índice é obtido a partir da divisão do número de sinistros (que é a soma entre os casos de roubos e furtos) pelo número de veículos segurados de cada modelo. Os dados são coletados a partir de apólices ativas e dados informados pelas seguradoras à Susep —órgão que regula o setor.

    Veículos com índices de roubo elevado geralmente têm seguros mais caros. Apesar de outros fatores também contribuírem para o preço da proteção, como perfil do motorista e custo de conserto, o índice de roubo e furto do veículo é responsável por cerca de 50% do custo do seguro, dizem especialistas.

    A amostra considerou índices de roubo e furto de cada modelo em todo o país para carros de passeio nacionais e importados. Esses números variam conforme cada estado e até entre os bairros de uma mesma cidade. Além disso, foram consideradas todas as faixas etárias e sexos do condutor, que também influenciam na formação do preço do seguro.

    Para consultar o índice de um determinado modelo em cada estado, para cada faixa etária e sexo do condutor, basta fazer a pesquisa com estes critérios no site da Susep.

    Metodologia

    Para tornar a amostra mais representativa, foram incluídos neste ranking apenas os índices de roubos dos 50 veículos mais vendidos no país entre janeiro de 2012 e setembro de 2016, último dado disponível, de acordo com números da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

    Dessa forma, foram excluídos da listagem modelos que acabavam aparecendo no topo da lista dos mais roubados porque o número de carros segurados era pequeno.

    Assim, mesmo com poucos sinistros esses modelos acabavam ficando com altos índices de roubo e furto. Segundo a própria Susep, uma quantidade pequena de veículos segurados não garante a credibilidade do índice.

    A montagem do ranking, portanto, foi feita da seguinte forma: inicialmente foram selecionados os 50 carros mais vendidos do país nos últimos cinco anos; em seguida foram verificados os índices de roubos e furtos de cada um deles; e por fim, os modelos foram listados em ordem descrescente, dos mais roubados para os menos roubados.

    Observações

    Apesar de figurarem entre os veículos mais vendidos, o Chevrolet Classic, Jeep Renegade, Mitsubishi ASX, Fiat Mobi, Nissan Livina, Peugeot 2008 e Nissan Kicks não foram incluídos na lista do IV-R de forma separada por não apresentarem relevância estatística.

    A Susep também reuniu em uma mesma contagem do IV-R modelos diferentes, como Ford Fiesta, Ford Fiesta Sedan e New Fiesta; HB20 e HB20S, Ford Ka e Ford Ka Sedan, Volkswagen Polo e Volkswagen Polo Sedan; e Ford Focus e Ford Focus Sedan.

    Neste caso, apesar de os modelos aparecerem separadamente na lista dos mais vendidos da Fenabrave, foi mantida a configuração da Susep. O Fiat Uno Way e o Grand Siena também foram classificados pelos modelos genéricos —Fiat Uno e Fiat Siena.

    ATENÃO: Por este motivo, alguns veículos que não ficaram entre os 50 carros mais vendidos da Fenabrave acabaram aparecendo no levantamento deEXAME.com, pois eles ganharam posições após a exclusão ou enxugamento dos modelos acima mencionados, seguindo a classificação da Susep.

    No IV-R, um mesmo modelo de veículo pode ter índices de roubo diferentes de acordo com sua motorização. Nesse caso, EXAME.com optou por adicioná-los na lista de forma separada (1.0 ou acima de 1.0), respeitando a classificação da Susep.

    Veja, nas fotos a seguir, os carros com os maiores índices de roubo e furto do país entre os veículos mais vendidos no período de 2012 a 2016.

  • Os 10 carros mais roubados em São Paulo no 1° semestre

    Os 10 carros mais roubados em São Paulo no 1° semestre

    Ituran: Os 10 carros mais roubados em São Paulo no 1° semestre

     Levantamento da empresa de monitoramento líder do mercado aponta os carros mais roubados na grande São Paulo, os bairros, ruas, dias e horários.

    O Fiat Pálio foi o carro mais roubado na Grande São Paulo no primeiro semestre deste ano, é o que indica o levantamento da Ituran, empresa líder no monitoramento de veículos no Brasil. O estudo foi feito com base nos dados de mais de 250 mil veículos monitorados pela empresa na região. Em segundo lugar como mais roubados veio VW Gol, seguido por Fiat Uno e Ford Fiesta.

    Os veículos de 2013 até 2010 representaram 45,52% dos modelos roubados/furtados.

     

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    O levantamento também indica que a Zona Leste de São Paulo é campeã em roubos/furtos. São Matheus, Itaquera, Guaianazes e Taubaté são os bairros preferidos pelos marginais.

    Veja quais foram os 10 bairros de São Paulo com maior número de eventos:

    • São Mateus  (Zona Leste)
    • Itaquera (Zona Leste)
    • Guaianazes (Zona Leste)
    • Tatuapé (Zona Leste)
    • Itaim Paulista (Zona Leste)
    • Vila Prudente (Zona Leste)
    • Penha (Zona Leste)
    • Ipiranga (Zona Sul)
    • Mooca (Zona Leste)
    • Parque São Rafael (Zona Leste)

    Os carros de cor prata e preto foram os mais roubados. A Quarta-feira é o dia da semana com maior número de roubos/furtos

    O período da noite é o mais perigoso com 40,11% dos casos de roubo/furto, em especial das 21 às 23 horas, com 20,14% dos casos. Das 18 às 20 horas aconteceram 19,97% dos casos.

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    Com base nos dados, a Ituran também apontou quais são as vias com maiores índices de roubos/furtos. A avenida Sapopemba lidera o ranking, segu’ida pela Jacu Pêssego, Ragueb Chohfi e Aricanduva. De acordo com Yaron Littan, presidente da Ituran Brasil, “essas avenidas têm características que colaboram para um maior número de eventos (roubo/furto), pois são vias extensas, de grande circulação de veículos e de fuga rápida”, lembra ele.

    As principais vias:

    • Av. Sapopemba
    • Av. Jacu Pêssego
    • Av. Ragueb Chohfi
    • Av. Aricanduva
    • Av. Cupecê
    • Av. Itaquera
    • Av. Professor Luiz Ignácio Anhaia Mello
    • Av. Marechal Tito
    • Av. Nordestina
    • Av. São Miguel

     Os 10 carros mais roubados:

    • Palio
    • Gol
    • Uno
    • Fiesta
    • Fox
    • Celta
    • Voyage
    • Siena
    • Corsa
    • Strada

  • SEGURO PIRATA

    SEGURO PIRATA

    Editora Abril ignora alerta da Susep e propaga Seguro Pirata em suas principais publicações

    (mais…)

  • “Proteção veicular” oferecida por cooperativas é seguro pirata, alertam Fenacor e SINCOR Goiás

    “Proteção veicular” oferecida por cooperativas é seguro pirata, alertam Fenacor e SINCOR Goiás

    Professor de Educação Física de Rio Verde que contratou uma proteção veicular viu seu carro, um Citroen C4, ir para o ferro-velho depois de sofrer acidente e não ser indenizado por cooperativa.

    A Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) e o Sindicato dos Corretores de Seguros de Goiás (SINCOR-GO) manifestaram repúdio à ação de cooperativas e associações que comercializam a chamada “proteção veicular” como se fosse seguro de automóvel. Segundo o presidente da Fenacor, Armando Vergílio, essa prática configura ação criminosa e marginal.

    “Trata-se de um seguro pirata – produto vendido irregularmente, que não oferece qualquer garantia ao consumidor”, afirma.

    O vice-presidente do SINCOR-GO, Henderson de Paula Rodrigues, alerta para o fato de que, com frequência, pessoas têm sido lesadas ao contratar esse tipo de proteção pensando ser seguro de automóvel. Essas empresas que comercializam esse tipo de produto não conseguem garantir uma indenização em caso de sinistro do veículo, por exemplo, destaca Henderson, além de não terem autorização para atuar.

    “É fundamental as pessoas só contratarem seguro com o corretor de seguros habilitado pela Susep. Assim, elas estarão protegidas, de fato, caso necessitem ser ressarcidas de danos, já que estes comercializam seguro de fato, de companhias seguradoras reguladas e fiscalizadas”, afirma.

    Neste mercado marginal, as entidades agem de forma perniciosa e contrária aos interesses dos consumidores. A Susep — órgão regulador do setor e vinculada ao Ministério da Fazenda responsável pela supervisão e fiscalização do mercado de seguros — informa que essas associações e cooperativas não estão autorizadas a comercializar seguros. Portanto, não há qualquer tipo de acompanhamento econômico, de solvência e liquidez e muito menos técnico de suas operações (http://www.susep.gov.br/menu/informacoes-ao-publico/orientacao-ao-consumidor/associacoes-e-cooperativas-isso-e-seguro)

    “Da mesma forma, transações dessa natureza não encontram amparo no Código de Defesa do Consumidor (CDC). A ilegalidade é amplamente reconhecida pela Justiça e pelo Ministério Público, mediante sentenças e procedimentos investigatórios em curso. São inúmeros consumidores lesados, entregues ao abandono, sem nada a receber”, ressalta Vergílio.

    Segundo ele, a própria Susep adverte em seu portal na Internet: essas entidades estão “comercializando ilegalmente seguros de automóveis com o nome de proteção, proteção veicular e proteção patrimonial, dentre outros”. Portanto, a compra desses produtos viola frontalmente a legislação em vigor. “A Fenacor sugere que, antes de contratar um seguro ilegal e pirata, o consumidor procure um corretor de seguros profissional e consulte o nome da seguradora no site da Susep”, conclui Vergílio.

    O professor de Educação Física, Roberto Guimarães, viveu o drama da proteção veicular quando seu Citroen C4 teve uma batida em julho do ano passado, na cidade de Rio Verde em Goiás. Ele, que tinha contratado o serviço por indicação de um amigo e se deslocou até Goiânia para assinar o contrato, gastou 500 reais numa entrada de adesão a cooperativa que comercializa esse tipo de produto.

    Roberto conta que, no acidente, teve perda total do automóvel, segundo mecânicos que consultou. Mas que a cooperativa insistiu que era caso de conserto, sendo que, até novembro, o carro ainda estava na oficina sem receber as peças que necessitava. Em dezembro, ele desistiu do reparo e vendeu o carro para um ferro-velho.

    “Perdi mais de 6 mil reais tentando solucionar meu problema. Como vendi o carro por um preço inferior, também perdi uns 15 mil reais para não em aborrecer mais. Os mecânicos diziam que até as peças enviadas pela Solução já eram usadas. A empresa, até hoje, me cobra as parcelas que ficaram pendentes porque reincidi o contrato e ameaça colocar meu nome no cadastro de devedores. Mas como se ela própria não cumpriu com seu dever?”, conta.

    01/06/2016 / Fonte: Revista Cobertura